A questão do casamento infantil no Brasil


A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema A questão do casamento infantil no Brasil. Apresente proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

 

Texto I

Apesar do avanço na educação das meninas, o Brasil ainda registra altas taxas de casamentos infantis. Definida como uma união formal ou informal antes dos 18 anos, a prática é considerada internacionalmente uma violação dos direitos humanos e uma forma de violência que afeta principalmente as meninas. Frequentemente, está associada à gravidez precoce, levando a que tenham o primeiro filho antes dos 18 anos de idade.

Estudos realizados pelo Banco Mundial sobre o custo econômico do casamento infantil e o custo de não educar as meninas mostram que o casamento e a gravidez precoces têm efeitos negativos profundos, que vão desde maiores riscos para a saúde, menor escolaridade, renda mais baixa na idade adulta e maior fertilidade e podem contribuir para a pobreza, menor autonomia e capacidade de decisão no lar e maiores riscos de violência doméstica.

O impacto não é apenas nas meninas, mas também em seus filhos, suas famílias e seu país. Crianças geradas por mães muito jovens apresentam riscos mais elevados de mortalidade antes dos cinco anos e desnutrição, acarretando também possíveis ​consequências negativas durante a vida adulta.

Fonte: https://nacoesunidas.org/artigo-casamento-infantil-o-que-falta-para-erradicar-essa-pratica/amp/

 

Texto II

A Unicef divulgou um vídeo perturbador sobre o casamento infantil, prática que ainda é “comum” e socialmente aceita em muitos países. O material faz parte de uma nova iniciativa da agência da ONU, que deve envolve vários países com o objetivo de conduzir ações que acelerem o fim do casamento infantil.

Segundo estimativas da própria Unicef, 15 milhões de meninas devem se casar até o final do ano, antes que cheguem à maioridade. Até 2030, o número de meninas casadas ainda crianças pode chegar a 1 bilhão. Apenas hoje, 41 mil meninas menores de 18 anos devem se casar.

“Escolher quando e com quem se casar é uma das decisões mais importantes da vida. O casamento infantil nega essa escolha a milhões de meninas, todos os anos”, afirma Babatunde Osotimehin, diretor-executivo do Fundo de Populações das Nações Unidas.

O novo plano da Unicef inclui aumentar o acesso de meninas à educação e aos serviços de saúde, mas também conscientizar pais e líderes comunitários sobre os perigos do casamento infantil.

O casamento infantil é uma violação aos direitos das mulheres e das meninas. Meninas que se casam ainda crianças estão mais propensas a abandonarem a escola, a serem vítimas de violência doméstica, a contraírem HIV e a morrerem vítimas de complicações durante a gravidez ou o parto, pois seu corpo normalmente não está pronto para dar à luz. Além disso, segundo a Unicef, o casamento infantil é danoso à economia e fomenta ciclos integeracionais de pobreza.

Em seu boletim anual a Anistia Internacional também denunciou o casamento infantil em Burkina Faso. Segundo o documento, a diferença de idade entre as noivas e seus parceiros pode chegar a 50 anos. O país é o sétimo do mundo que mais casa meninas. Mais de 50% das mulheres se casa antes de completar 18 anos, e apenas 17% da população feminina do país faz uso de métodos contraceptivos.

Fonte: https://www.portalraizes.com/10unicef-casamento-infantil/

 

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