O Enem
O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é uma avaliação realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia vinculada ao Ministério da Educação do Brasil, e foi criado em 1998. Ele é instrumento de acesso usado pela maioria das instituições de ensino superior no Brasil (e também algumas em Portugal, Reino Unido e Canadá). É, sem dúvida, o mecanismo mais importante do país para avaliação do ensino médio e ingresso nas faculdades e universidades brasileiras. Além de faculdades públicas, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), os estudantes, também podem utilizá-lo para ingressar em faculdades particulares concorrendo a uma bolsa do Programa Universidade para Todos (Prouni) ou conseguir o Financiamento Estudantil (Fies).
O Enem, desde a sua criação, passou por algumas mudanças. A mais significativa ocorreu em 2009, estabelecendo as bases para a forma como ele é formulado hoje. E, nos próximos anos, preveem-se algumas novas mudanças para que o exame fique em consonância com a Base Nacional Comum Curricular, um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica. Segundo o pronunciamento da presidente do Inep Maria Inês Fini, em entrevista à Veja.com, no dia 16 de novembro deste ano, o Enem sofrerá essas transformações a partir de 2021. “O Enem 2019 não terá mudanças significativas. Provavelmente, em 2020 ainda teremos o Enem no mesmo formato. De 2021 para frente teremos a mudança. A diretriz (BNCC) aponta qual será o caminho”, afirmou Rossieli Soares, ministro da Educação em coletiva de imprensa no último dia 20 de novembro. Segundo as mudanças propostas, o Enem continuará com dois dias de prova, porém com a diferença de que o primeiro dia será destinado a avaliar os conteúdos propostos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), já no segundo será com foco em uma área de conhecimento (itinerário formativo), que será escolhida pelo estudante.
A redação
A redação no Enem é hoje uma das avaliações mais temidas. Ela acontece no primeiro dia de prova e assim deverá se manter após as mudanças do exame a a partir de 2021, de acordo com Maria Inês Fini. De modo geral, “a nota final do participante será a média aritmética das notas totais atribuídas pelos corretores”, sinaliza o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Pelo menos dois avaliadores fazem a correção da redação, de forma independente. A cada competência são atribuídas notas de zero a 200 pontos – e são base para a pontuação final, que varia de zero a 1.000 pontos.
Um dos pontos indicados pelo Inep é a discrepância na correção da prova do Enem 2018, que ocorre quando as notas totais apresentadas por cada um dos corretores têm diferença de mais de 100 pontos. Também há caracterização de discrepância quando a diferença de notas supera 80 pontos em qualquer uma das competências.
Para a determinação da nota final da redação, são consideradas quatro possibilidades além do estipulado na Cartilha de Redação do Enem 2018:
Sem discrepância: a pontuação é o resultado da média aritmética das notas totais atribuídas pelos dois corretores.
Com discrepância entre os dois corretores: é apresentado um recurso automático e um terceiro corretor fará a avaliação. Caso a terceira pontuação seja “equidistante das notas totais atribuídas pelos outros corretores”, as notas anteriores serão descartadas e uma banca fará nova avaliação.
Sem discrepância entre o terceiro e os dois primeiros corretores: a nota final da redação será a média aritmética entre as duas notas totais que mais se aproximarem e as demais serão descartadas. Esse procedimento também é adotado caso haja divergência entre o terceiro corretor e apenas um dos dois primeiros corretores.
Com discrepância entre o terceiro e os outros dois corretores: será adotado um novo recurso automático. As notas anteriores serão descartadas e uma banca atribuirá ao candidato a nota final.
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