A necessária inclusão dos cegos na sociedade


 

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema A necessária inclusão dos cegos na sociedade. Apresente proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

 

Texto I

Dorina Nowill, uma vida dedicada à inclusão dos deficientes visuais no Brasil
A educadora, filantropa e administradora, que faria 100 anos nesta terça-feira, foi responsável pela regulamentação da educação para cegos e fundou a primeira grande imprensa Braille do país

A ativista Dorina de Gouvêa Nowill faria 100 anos nesta terça-feira, 28 de maio. A educadora e filantropa paulistana dedicou sua vida à inclusão dos deficientes visuais no Brasil, faleceu em agosto de 2010, aos 91 anos de idade, e ficou conhecida mundialmente como a “dama da inclusão”.

Dorina Nowill ficou cega aos 17 anos, vítima de uma doença não diagnosticada que a fez perder a visão. A partir daí empreendeu uma luta pelo direito das pessoas cegas. Foi a primeira aluna deficiente visual a frequentar um curso regular de magistério na Escola Caetano de Campos, na época, localizada na Praça da República, no centro de São Paulo. Posteriormente, Dorina Nowill colaboraria para a elaboração da lei de integração escolar, regulamentada em 1956.

Em 1946, criou a então Fundação para o Livro do Cego no Brasil, para atender a demanda de livros em braille no país. Dorina Nowill se especializou em educação de cegos no Teacher’s College da Universidade de Columbia, em Nova York. E em 1948, a Fundação para o Livro do Cego no Brasil recebeu da Kellog’s Foundation e da American Foundation for Overseas Blind, uma imprensa braille completa, com maquinários, papel e outros materiais. Atualmente, a Imprensa Braille é uma das maiores do mundo em capacidade produtiva.

Dorina Nowill atuou na Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, onde foi responsável pela criação do Departamento de Educação Especial para Cegos. Também trabalhou em Brasília, no comando do primeiro órgão nacional de educação de deficientes visuais, criado pelo Ministério da Educação brasileiro, entre 1961 a 1973. Em 1979, foi eleita presidente do Conselho Mundial dos Cegos. Representou o Brasil na Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1981, no Ano Internacional da Pessoa Deficiente. Durante a Conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Genebra, em 1982, a educadora conseguiu que a Recomendação 99, sobre a reabilitação profissional, fosse discutida.

Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/05/28/politica/1559040254_461687.html

 

Texto II

O Dia Nacional do Braille, sistema de leitura com o tato para cegos, inventado pelo francês Louis Braille, foi comemorado em 8 de abril. Trata-se de um sistema em pontos relevo para o deficiente visual ler textos variados. A disposição desses pontos distinguem os caracteres uns dos outros, já que os alfabetos Braile, que são transcrições da escrita impressa, variam de língua para língua.

Os primeiros atendimentos formais para deficientes visuais no Brasil se deram no ano de 1854, no Instituto dos Meninos Cegos, atual Instituto Benjamim Constant, fundado na cidade do Rio de Janeiro por iniciativa do governo imperial.

Os cegos são 3,5% da população brasileira. Muitos se formaram e constituíram família. Há deficientes visuais doutores, professores e formados em Psicologia. Será que a educação para o cego, em um espaço específico, um instituto, para tais, os tornou pessoas difíceis de se conviver ou de trabalhar? Não, pelo contrário! É de extrema importância este centro de referência. Além de manter a escola, o instituto capacita profissionais da área da deficiência visual, assessora escolas e instituições em geral e oferece reabilitação física. Ou seja, forma sujeitos para a vida social e autônoma.

Escutei de uma deficiente visual uma vez que “eles” são abordados na rua por pessoas que querem ajudá-los de qualquer jeito e eles sentem-se constrangidos por vezes, porque percebem-se capazes de fazer algo sozinho. Fiquei perplexa ao ouvir e respondi em alto e bom som: Isso é gentileza! Está errado?

Ela me respondeu que não era para interpretar dessa forma! Hoje, diante da minha demanda de trabalho na inclusão e da diversidade na vida me pergunto: será então que, se minhas crianças especiais recebessem esse mesmo tratamento durante sua vida escolar e assim fossem inseridas na vida social para se tornarem laborais, não teriam uma vida melhor? E respondendo as duas questões anteriores, me pego refletindo que ela tinha razão!

Se os outros não percebem o deficiente visual como ser atuante, não deixarão de auxiliá-lo sempre, tentar dar a mão! Obviamente lembrando que não devemos deixar de lado as gentilezas, mas, se uma pessoa consegue reconhecer no outro a capacidade de ser autônoma, deixará de tratá-lo como pobrezinho e o tratará para a liberdade. Uma salva de palmas para a educação de cegos no Brasil, que através do Braille vem alfabetizando e trazendo para pessoas com deficiência visual o mundo não visível ao alcance das mãos e da mente!

Fonte: https://odia.ig.com.br/opiniao/2019/04/5633448-michele-joia–inclusao-de-cegos.html

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