Influenciadores digitais: como unir marketing digital ao consumo consciente?


Texto I

O mercado de bens e serviços vem passando por diversas transformações atualmente. A maneira de fazer marketing e de se comunicar com os clientes também está em transição. O marketing está cada vez mais digital e as empresas vêm sentindo a necessidade de fortalecer sua presença nos ambientes online. Em resposta às demandas da sociedade e de seus públicos-alvo, muitas empresas têm recorrido a novas ferramentas de divulgação na Internet, como os influenciadores digitais.
Os influenciadores digitais usam seus perfis nas redes sociais digitais (Facebook, Instagram, Twitter, YouTube etc.) para conversar com seu público sobre pautas cotidianas, incluindo hábitos de consumo. São indivíduos que exercem impacto acima da média num segmento, seja ele grande pequeno ou mesmo um nicho, capaz de utilizar de sua marca forte para formar um público fiel e engajado, monetizando por meio de seus conteúdos, tendo, assim, grande valor de troca para empresas de diversos segmentos. Desta forma, como empreendedor digital, um
influenciador consegue agregar valor e importância a outras marcas, seja de pequenas empresas ou até mesmo organizações já consolidadas no mercado. Essas empresas se utilizam da popularidade, relevância e credibilidade dos influenciadores digitais para conversar com seu publico alvo. Para Safko e Brake (2010) “influência é o alicerce sobre o qual todas as relações economicamente viáveis são construídas”.
No Brasil estima-se que existam hoje cerca de 230 mil influenciadores digitais, trabalhando, impulsionando consumo e gerando resultados para a economia do país. O mercado de influenciadores digitais ainda está se desenvolvendo e amadurecendo no país. Neste momento é difícil para as empresas que contratam esse tipo de mídia medir sua efetividade. Por ser novo, o mercado não possui regulamentação, não há garantias nem fórmulas prontas.
Um estudo mercadológico de 2016 da empresa YOUPIX (plataforma brasileira voltada para discutir a cultura da Internet), em parceria com outras duas empresas especializadas em marketing digital e métricas no mercado brasileiro, conseguiu mapear o mercado dos influenciadores digitais no Brasil e levantar dados que possibilitam um maior entendimento do conceito, mercado atual, perfil e áreas de atuação (Youpix, 2016). Dentre alguns pontos levantados, a pesquisa apontou que existem hoje cerca de 230 mil influenciadores digitais somente no Brasil. Destes, 40% são mulheres e 60% homens. Mostrou, também, que 2% dos influenciadores digitais são responsáveis por 54% das interações nas redes. Isso se dá porque esses 2% representam os influenciadores com maior número de seguidores nas redes, maior popularidade e audiência.
Um ponto importante a ser considerado quando se fala de influenciadores digitais ou de popularidade nas redes, requer entender que atualmente a popularidade é medida pela quantidade de seguidores, interações como curtidas e comentários, por exemplo, mas que essa popularidade nas redes sociais pode ser comprada. Existem diversas maneiras de conseguir mais seguidores, comentários, curtidas, visualizações etc. Tais práticas não só minam o mercado como também contribuem para a sensação de incerteza, quando se trata de mensurar a efetividade e o retorno para as empresas contratantes.
Ao investigar a compra de popularidade nas redes pela Internet é possível descobrir um verdadeiro “mercado negro”, no qual é possível encontrar aplicativos, agências e até mesmo empresas com diversos dispositivos interligados que realizam ações em massa sob comando de computadores, conhecidos como “fazendas de likes”.
Estes são apenas alguns exemplos de como é “fácil fazer sucesso nas redes”. Com estes aparatos, obter seguidores, curtidas, views (visualizações) e até mesmo comprar comentários com elogios, por exemplo, fica muito mais fácil. Neste sentido é importante refletir quanto à veracidade das informações nas redes sociais. Como confiar nos números que vemos nos perfis? Indo mais fundo na reflexão, como uma empresa poderá acreditar e investir seus orçamentos em parcerias com influenciadores?
Jenifer Daiane Grieger e Rodrigo Eduardo Botelho-Francisco
Texto II

Não é de hoje que as marcas do varejo usam os influenciadores digitais em suas estratégias de marketing. E esse movimento vem crescendo cada vez mais nos últimos tempos, já que o recente infográfico da GlobalWebIndex mostra que o repúdio à publicidade na internet leva a quase metade dos usuários a bloquearem anúncios, devido aos seguintes motivos: grande volume de anúncios; anúncios irritantes ou irrelevantes; anúncios invasivos demais; anúncios com vírus ou bugs; rejeição a anúncios personalizados.

Além disso, um estudo do instituto de pesquisa Nielsen mostra que 92% dos consumidores têm mais confiança em recomendações de outras pessoas do que nas indicações feitas pelas próprias marcas e que os influenciadores digitais brasileiros são capazes de entregar onze vezes mais retorno do que mídias tradicionais. Uma pesquisa da PwC também aponta que 77% dos consumidores brasileiros entrevistados disseram que informações obtidas nas redes sociais influenciaram suas compras. A empresa de pesquisa Qualibest também trouxe um dado importante que mostra o quanto os brasileiros se deixam influenciar pelos conteúdos nas redes. De acordo com o levantamento, 84% dos consumidores já descobriram produtos por meio de criadores de conteúdo. Outros 73% afirmaram que já compraram algo pela indicação do influenciador que segue. Enquanto 55% pesquisam opiniões dessas pessoas antes de fazer a compra.

Dessa maneira, muitos varejistas têm apostado no marketing de influência para aumentar a sua presença digital, alcançar o maior número de pessoas com seus conteúdos e proporcionar novas experiências aos usuários, os quais aceitam cada vez menos conteúdo sem autenticidade e sem aderência com seus valores. Com uma linguagem cada vez mais natural, espontânea e lúdica, esse tipo de publicidade ganha inserções na vida pessoal do influenciador, cria uma relação ainda maior de proximidade das marcas com os consumidores e transmite informações com credibilidade ao público alvo.
[…]
Exemplos de ações de marketing de influência no varejo
Unboxing: esse é o nome dado à ação que os influenciadores digitais fazem quando eles transmitem por vídeo a abertura de caixas que receberam de empresas. O varejista pode enviar também em parceria com seus alguns brindes, sampling ou produtos para criadores de conteúdo.
Criação de conteúdos especializados: fazer parcerias com influenciadores digitais para criação de conteúdos especializados pode ser uma maneira muito útil da sua marca ser reconhecida como autoridade em um determinado segmento. Por exemplo, um sommelier pode fazer lives ou até mesmo escrever e-books sobre vinhos para download nas suas redes sociais.
Divulgação de campanhas e eventos: enviar um press kit ( kit de imprensa) para os influenciadores contendo as principais informações sobre uma campanha ou evento é uma maneira eficiente de aumentar o alcance da disseminação da informação ao público-alvo.
Vouchers de desconto: é possível criar links personalizados que direcionem o seguidor diretamente para o seu site ou e-commerce ou, então, oferecer descontos especiais com o nome do influenciador.

https://mercadoeconsumo.com.br/2021/07/28/o-poder-dos-influenciadores-digitais-para-o-varejo/

 

Texto III

10 redes sociais mais acessadas no Brasil em 2020

 

De fato, a pandemia da COVID-19 acelerou a transformação digital. Com isso, o acesso às redes sociais aumentou consideravelmente e conquistou novos usuários.

Além de novas redes sociais serem “descobertas” durante a pandemia.

Considerando o número mais recente, os brasileiros, em média, passam 3 horas e 31 minutos de seu dia conectados a internet usando as redes sociais.

Agora vamos ao top 10 de redes sociais mais acessadas no Brasil em 2020?

 

1. Facebook
Depois de um declínio, o Facebook recuperou o primeiro lugar de rede social mais acessada do país em 2020. Com 130 milhões de contas brasileiras e 2,7 bilhões de contas ativas no mundo.

Entretanto, mesmo estando em primeiro lugar, o número ficou estável no país. Assim, o Brasil caiu para quarto lugar em acessos no Facebook. Atrás de Índia, Estados Unidos e Indonésia.

 

2. WhatsApp
Sem dúvida, o WhatsApp estaria nessa lista. Afinal, alguém se lembra da vida com SMS?

Sendo muito popular entre os brasileiros, muitas operadoras de internet permitem o uso ilimitado da rede social, o que colabora para esse lugar no ranking. A estimativa aproximada é que 120 milhões de brasileiros já estejam usando diariamente o WhatsApp.

 

3. YouTube
O YouTube havia ultrapassado o Facebook em número de acessos.

Entretanto, sua queda no ranking é explicada pela exclusão de usuários menores de 18 anos e maiores de 65 anos. Deixando assim, o YouTube em terceiro lugar como a rede social mais acessada do país, com 105 milhões de brasileiros consumindo e postando conteúdo na plataforma.

Por outro lado, o YouTube segue sendo a principal rede social de vídeos. Contabilizando mais de 2 bilhões de usuários ativos e mais de 1 bilhão de horas de vídeos visualizados diariamente.

 

4. Instagram
Com 95 milhões de usuários no Brasil, embora tenha seu formato para desktop, o Instagram segue com sua maior popularidade em dispositivos móveis.

Um bom motivo para essa usabilidade são os stories. Além de terem conquistado o brasileiro de forma rápida, ainda conta com recursos de maior interação, como: melhores amigos, perguntas, enquetes e votação. Além do recente formato Reels.

 

5. Facebook Messenger
A ferramenta de mensagens instantâneas do Facebook ficou com o quinto lugar.

O Messenger acabou sendo separado do Facebook em 2011, tornando o download do app obrigatório para usuários que desejam trocar mensagens privadas com seus amigos do Facebook.

A empresa Facebook não divulgou números oficiais da rede social. Entrando, contando com sua integração total com a rede social principal, a estimativa é que o Messenger tenha milhões de usuários no Brasil.

 

6. LinkedIn
O LinkedIn é uma rede social totalmente voltada para o uso profissional. Ao invés de amigos, os usuários possuem conexões e podem expor todos os detalhes de suas carreiras. Além de formações profissionais.

Entretanto, o que impulsionou o uso do LinkedIn em 2020, foi um fator negativo. Com a pandemia, a taxa de desemprego aumentou muito no país, fazendo com que os brasileiros recorressem à rede social em busca de recolocação profissional.

Assim, o LinkedIn passou para o sexto lugar do ranking, com 46 milhões de usuários ativos no Brasil.

 

7. Pinterest
O Pinterest pode ser definido como uma rede social de inspiração.

Totalmente rico em fotos conceituais e ideias, pode substituir o próprio Google na busca de imagens. Além disso, os usuários conseguem guardar em pastas e compartilhar suas inspirações.

Conta com URLs externas, que levam o usuário para conteúdos relacionados.

O Pinterest conquistou 38 milhões de usuários e bombou durante a quarentena. Uma vez que, sobrou tempo para pesquisar ideias de customização de roupas, receitas e pequenas reformas de casa.

 

8. Twitter
O Twitter já esteve em melhor fase. Entretanto, conta com usuários fiéis e bem segmentados.

Durante a pandemia a rede social voltou a crescer, devido à busca constante de informações rápidas. O que tem seus pontos positivos e negativos. Uma vez que, de fato, as informações são mais ágeis, mas também gera fake news.

Considerando apenas usuários ativos, hoje são 16,6 milhões de contas.

 

9. TikTok
A novidade de 2020 com certeza estaria nessa lista!

Embora não tenha sido lançado em 2020, o TikTik foi febre também durante o período de quarentena. Fazendo sucesso no início, especialmente, entre os adolescentes.

Com o passar dos meses, adultos, celebridades humoristas e empresas passaram a utilizar o TikTok. Entretanto, é difícil saber o número exato de usuários, uma vez que a empresa não os divulga oficialmente. A estimativa é entre 7 e 6 milhões de usuário brasileiros engajados na rede social.

Especialistas acreditam que o TikTok deve subir mais posições neste ranking.

 

10. Snapchat
A origem do stories do Instagram começou aqui: Snapchat.

A rede social consiste no compartilhamento de fotos e vídeos, de forma pública ou privada. Além disso, o conteúdo é feito para desaparecer depois de algumas horas.

Mais popular entre os jovens, mesmo com o sucesso dos stories do Instagram, o Snapchat entra para essa lista. São cerca de 11 milhões de usuários brasileiros.

https://www.escoladeecommerce.com/artigos/redes-sociais-mais-acessadas-no-brasil-em-2020/?gclid=Cj0KCQjwjo2JBhCRARIsAFG667UnEX5d5WF_qCNmelWDQNukGjwBhOsg5JY-fp-9Nxb3f5mpJ47NfBMaApKgEALw_wcB

 

 

Texto IV

AS SEIS PERGUNTAS DO CONSUMO CONSCIENTE

 

Quando você compra um produto, procura saber sua origem? Busca informações da empresa que o produz? Ou sua compra acontece de modo impulsivo e automático?

Nossos hábitos de consumo são ferramentas de transformação da sociedade, da economia e também afetam diretamente o meio ambiente, já que a produção de bens utiliza os recursos do planeta. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, nós já consumimos mais 30% mais recursos do que a capacidade de renovação da Terra. Isso é preocupante porque se não diminuirmos esse ritmo, em menos de 50 anos precisaremos de dois planetas Terra para atender nossas necessidades de água, energia e alimentos.

Por isso, o Instituto Akatu formulou seis perguntas fundamentais para aumentar a consciência sobre o que estamos comprando. Vamos conhecê-las e repensar nosso modo de consumir?

1. Por que estou comprando?

Antes de comprar algo, pense se você realmente precisa do item que está comprando ou se está agindo por impulso.

2. O que irei comprar?

Pesquise entre as opções disponíveis qual atende melhor às suas necessidades para não haver necessidade de troca rapidamente. Procure também comprar produtos de qualidade, que duram mais, para evitar o desperdício.

3. Como irei comprar?

Você tem recursos financeiros pra quitar sua compra? Vai pagar à vista ou a prazo? Como irá buscar suas compras: carro, ônibus, bicicleta ou a pé? Você as trará em sacolas plásticas ou ecobags?

4. De quem irei comprar?

A escolha do fabricante é das mais importantes. Como é a produção desta empresa? Ela usa mão-de-obra infantil? Valoriza seus funcionários? Polui o meio ambiente? Cria oportunidades para as comunidades no seu entorno?

5. Como vou usar o que comprei?

É preciso saber usar da melhor forma os bens que compramos, para evitar trocas sucessivas sempre que algo novo surgir no mercado ou entrar na moda. Você costuma consertar produtos quebrados, ou simplesmente os descarta e compra um novo? Você evita o desperdício de energia deixando os aparelhos eletrônicos desligados quando estão fora de uso?

6. Como descarto o que não uso mais?

O descarte é tão importante quanto a compra. Será que o que você está jogando fora não pode ser reutilizado por você ou por outra pessoa? Já pensou que aquele item que não tem mais utilidade para você pode ser matéria-prima para novos produtos?

Nós, da Rede Asta, acreditamos no consumo consciente e estamos sempre buscando soluções de upcycling para transformar resíduos para a criação de novos produtos. O consumo dentro da nossa visão de negócio também é uma poderosa ferramenta de inclusão social e econômica ao gerar renda para artesãs locais.

Para cuidarmos melhor do planeta e melhorarmos as relações de consumo é preciso mudança de hábitos em pequenas ações do nosso dia-a-dia. Depende de cada um de nós darmos nossa contribuição para garantir a sustentabilidade da vida no planeta.

https://www.redeasta.com.br/post/as-6-perguntas-do-consumo-consciente?gclid=Cj0KCQjwjo2JBhCRARIsAFG667UHQIRO_jhBedUqj8-XS9i5XI1xE02KJnDH_PAdGobd7NBf_zad4gwaAkA4EALw_wcB

 

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